A osteopenia é uma condição que antecede a osteoporose.
São diversos os fatores envolvidos no desenvolvimento completo da massa óssea e os cuidados com a saúde dos ossos devem ser constantes. Contudo, sobretudo na juventude, essa atenção especial à estrutura óssea faz toda a diferença.
Afinal, é a partir dos 20 anos que começamos a perder massa óssea em um processo natural do corpo. Por isso, antes dessa faixa etária é fundamental construir uma massa óssea consistente e que seja superior às perdas para evitar problemas futuros como a osteopenia e, subsequentemente, a tão temida osteoporose.
Neste conteúdo da SOS Ortopedia, vamos apresentar a você uma condição pré-clínica que demonstra a perda precoce da densidade óssea que pode evoluir para problemas ortopédicos mais críticos se não tratada corretamente. Vamos lá!
Osteopenia: o que é?
A palavra osteopenia tem sua etimologia no grego, em que “osteo” significa osso e “penia” significa falta.
Assim, esta condição clínica está diretamente relacionada à falta de algo no osso, o que geralmente consiste na baixa densidade de minerais como o cálcio, magnésio, sódio e potássio.
Cabe lembrar que esta escassez não confere uma patologia, apenas uma condição de saúde óssea considerada uma prévia da osteoporose.
Por que ela acontece?
O primeiro fator que pode causar a diminuição da densidade mineral óssea é o envelhecimento, que naturalmente faz com que a absorção de minerais ocorra de forma mais lenta e dificultada.
Entretanto, além da idade avançada, há também outros potenciais fatores desencadeantes, como:
- fator hormonal;
- consumo excessivo de cafeína que aumenta a excreção de cálcio pela urina;
- fatores genéticos e hereditários;
- exposição insuficiente ao sol;
- consumo excessivo de álcool;
- sedentarismo;
- desnutrição;
- tabagismo;
- doenças na tireoide, no fígado e nos rins.
Sintomas
A osteopenia preocupa muitos médicos ortopedistas, especialmente por se tratar de uma condição assintomática que apenas oferece indícios quando há o agravamento para a osteoporose.
Por este motivo, o acompanhamento por meio de exames preventivos é essencial para um diagnóstico e tratamento precoce que possa evitar situações mais graves.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico de osteopenia é realizado por meio da densitometria óssea, um exame que permite detectar a redução da massa óssea de forma precoce e precisa.
O diagnóstico é dado quando a densidade mineral óssea aponta o resultado entre -1% e -2,4%. Além da densitometria óssea, pode ser solicitado também exame de sangue.
Reverter um quadro de osteopenia não é uma tarefa fácil, por isso, o objetivo é retardar a degradação do tecido ósseo que pode levar à osteoporose.
Geralmente, o tratamento não é medicamentoso e consiste na adoção de um estilo de vida mais saudável que inclua uma alimentação balanceada rica em cálcio (folhas verdes escuras, produtos lácteos, etc.), em magnésio (nozes, maçã, feijão, soja, etc.) e em potássio (banana, batata, ervilha, etc.).
Tomar sol também é um hábito a ser adotado, afinal, esta prática estimula a produção de vitamina D, fundamental para as células ósseas.
O café, assim como outras bebidas ricas em cafeína, deve ser evitado, pois impede a absorção do cálcio. Além disso, o álcool e o cigarro também devem ser evitados. O álcool atrapalha a absorção mineral e o transporte de nutrientes às células ósseas. Fumar faz com que haja diminuição de oxigênio no sangue e com que os hormônios sejam desestabilizados, o que contribui para a diminuição da densidade mineral óssea.Quer saber mais sobre o universo da ortopedia? Confira nosso artigo sobre a LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e cuide da sua saúde com mais consciência.