Levantamento do Ministério da Saúde mostra que na última década a DORT representou 67 mil casos entre os trabalhadores do país.
Um dos grandes problemas que acometem a classe trabalhadora na atualidade são as lesões por desordens ocupacionais, ou seja, lesões decorrentes do trabalho, denominadas na Ordem de Serviço n.º 606/98 do INSS como Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
A DORT pode afetar funcionários de todos os escalões de uma empresa em diferentes atividades e está relacionada a fatores de risco que podem desencadear sintomas capazes de afastar o profissional do trabalho.
Não à toa, segundo dados do INSS, os distúrbios osteomusculares representam hoje a segunda maior causa de afastamento do trabalho.
A doença trata-se, portanto, de um mal ocupacional que é um desafio para gestores de empresas. Por isso, a melhor maneira de evitar que colaboradores sofram com a DORT é cercar-se de informações sobre o tema.
Essa é a proposta deste artigo da SOS Ortopedia. Acompanhe!
O que é DORT?
A DORT, assim como o nome indica, está diretamente relacionada às atividades repetitivas no ambiente de trabalho que expõe os profissionais a algum tipo de risco, tal como o desenvolvimento da LER (Lesão por Esforço Repetitivo).
Além da repetição de movimentos, do uso contínuo de músculos ou grupos musculares, os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho ainda se associam à ergonomia inadequada no local de trabalho.
A inadequação de mobiliários, das ferramentas e instrumentos de trabalho, bem como a postura inadequada dos trabalhadores durante o horário de expediente, comumente provocam lesões em tendões, ombros, pescoço, músculos e articulações, causando dores, fadiga e, consequentemente, o declínio do desempenho profissional.
Fatores de risco
Trabalhadores em constante contato com computadores, que trabalham em linhas de montagem e manipulação de equipamentos pesados têm grande propensão a desenvolver a DORT. Além disso, pessoas que realizam atividades manuais delicadas como costureiras e artesãos também correm riscos semelhantes.
Alguns dos principais fatores de risco relacionados a DORT incluem:
- movimentos repetitivos;
- esforço e força;
- má postura;
- trabalho muscular estático;
- choques e impactos;
- pressão mecânica;
- vibração;
- frio;
- fatores organizacionais;
- falta de tempo para as estruturas se recuperarem;
- estresse emocional e exigência de produtividade.
Logicamente, apenas um fator isolado não é determinante para a ocorrência de distúrbios, mas sim uma combinação deles associados à sua frequência, intensidade e duração.
O que pode ser feito pelas empresas para evitar essa complicação?
Para evitar o alto custo de um colaborador afastado em decorrência da DORT, algumas medidas podem ser tomadas; confira.
- Estimule as atividades físicas! A ginástica laboral é uma prática recomendada, já que pode ser feita na própria estação de trabalho de forma a evitar o sedentarismo;
- Garanta que as mobílias sejam perfeitamente ergonômicas. A mesa de trabalho, por exemplo, deve estar posicionada de acordo com a altura de cada pessoa e ter espaço para a movimentação das pernas. As cadeiras devem ter altura para haver apoio dos pés, formato anatômico para o quadril e encosto ajustável;
- Permita e estimule as pausas durante o expediente para que o colaborador realize um rápido alongamento e, dessa forma, relaxe os músculos.
Lembre-se de que a qualidade de vida é fator de atração e retenção de talentos. Logo, a empresa que não se mostrar atenta em prevenir casos de DORT tende a ficar para trás.
Invista no seu maior patrimônio, afinal, são as pessoas que fazem a diferença em qualquer atividade produtiva, certo?
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